O Limiar da Pele
Auto Retrato
Esta que vês, de cores desprovida,
O meu retrato sem primores é
E dos meus falsos temores já despido
Em sua luz oculta põe a fé.
De oculto sentido dolorido,
Este que vês, lúcido espelho é
E do passado o grito reduzido
O estrago oculto pela mão da fé.
Oculto nele e nele convertido
Do tempo ido escusa o cruel trato
Que o tempo em tudo apaga o sentido.
E do meu sonho transformado em acto,
Do engano do mundo já despido,
Este que vês, é o meu retrato.
Ana Hatherly
Auto Retrato
Esta que vês, de cores desprovida,
O meu retrato sem primores é
E dos meus falsos temores já despido
Em sua luz oculta põe a fé.
De oculto sentido dolorido,
Este que vês, lúcido espelho é
E do passado o grito reduzido
O estrago oculto pela mão da fé.
Oculto nele e nele convertido
Do tempo ido escusa o cruel trato
Que o tempo em tudo apaga o sentido.
E do meu sonho transformado em acto,
Do engano do mundo já despido,
Este que vês, é o meu retrato.
Ana Hatherly
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