...lento, vago, emerjo...
encenação
novembro 17, 2007
Maria Cristina
Retrato
“... a fotografia é uma celebração do mundo, a perseguição de um puro prazer estético, a exaustiva pesquisa da essência das coisas, a misteriosa transferência para as suas imagens do que constitui o foro íntimo do fotógrafo: os seus sonhos, fantasmas, receios, pulsões, esperanças, recordações.”
Gérard Castello-Lopes
Gérard Castello-Lopes
Maria da Luz
novembro 12, 2007
outubro 22, 2007
Alexandra Abalada
Auro Retrato
Retrato
Está de regresso a nau,
a venturosa vela,
a enviada ao mar
em busca de canela,
do meu sonho de oiro
e do marfim...
Vem tatuada e leve, vem vazia,
porão aberto a sal, a vento, a maresia.
Não mais distância,
Não mais névoa do sem - fim.
Não mais a vela,
o vento, a caravela.
A índia está em mim...
(Margarida Pedrosa - India)
a venturosa vela,
a enviada ao mar
em busca de canela,
do meu sonho de oiro
e do marfim...
Vem tatuada e leve, vem vazia,
porão aberto a sal, a vento, a maresia.
Não mais distância,
Não mais névoa do sem - fim.
Não mais a vela,
o vento, a caravela.
A índia está em mim...
(Margarida Pedrosa - India)
Guardo na raíz da pele
Os gritos , as emoções,
Os desesperos, os medos,
A raiva, o ódio, a perfídia,
Os sonhos, as frustrações,
As cicatrízes das feridas
Que a vida em mim foi abrindo,
Os mistérios, os segredos.
Guardo na raíz da pele
A verdade do que sou.
Deixo que à flor da pele
Emerja a máscara, o sorriso,
O jogo de gato e rato
Onde, estando, nunca estou
(Guilherme de Melo – A Raíz Da Pele)
Os gritos , as emoções,
Os desesperos, os medos,
A raiva, o ódio, a perfídia,
Os sonhos, as frustrações,
As cicatrízes das feridas
Que a vida em mim foi abrindo,
Os mistérios, os segredos.
Guardo na raíz da pele
A verdade do que sou.
Deixo que à flor da pele
Emerja a máscara, o sorriso,
O jogo de gato e rato
Onde, estando, nunca estou
(Guilherme de Melo – A Raíz Da Pele)
Que voz vem no som das ondas
Que não é a voz do mar?
É a voz de alguém que nos fala,
Mas que, se escutamos, cala,
Por ter havido escutar
E só se, meio dormindo,
Sem saber de ouvir ouvimos,
Que ela nos diz a esperança
A que, como uma criança
Dormente, a dormir sorrimos
São ilhas afortunadas,
São terras sem lugar,
Onde o Rei mora esperando.
Mas, se vamos despertando,
Cala a voz, e há só o mar.
(Fernando Pessoa – As Ilhas Afortunadas)
Que não é a voz do mar?
É a voz de alguém que nos fala,
Mas que, se escutamos, cala,
Por ter havido escutar
E só se, meio dormindo,
Sem saber de ouvir ouvimos,
Que ela nos diz a esperança
A que, como uma criança
Dormente, a dormir sorrimos
São ilhas afortunadas,
São terras sem lugar,
Onde o Rei mora esperando.
Mas, se vamos despertando,
Cala a voz, e há só o mar.
(Fernando Pessoa – As Ilhas Afortunadas)
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